Série: Selfridges - 6 pontos de destaque
Harry Gordon Selfridge
Por: Suellen Borelli
29 Abril 2020 às 14:02Selfridges, também conhecida como Selfridge & Co., é uma cadeia de lojas de departamento no Reino Unido fundada por Harry Gordon Selfridge. A loja original abriu na Oxford Street em Londres em 15 de março de 1909 e era, na altura, a segunda maior loja do Reino Unido.
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Fundador: Harry Gordon Selfridge
Fundação: 15 de março de 1909, Londres, Reino Unido
Sede: Londres, Reino Unido
Você quer ter uma ideia do que é começar um império?
Pois bem, na Nertflix (pelo menos até este momento) está disponível a série Mr Selfridge, que dá uma ideia da caminhada do fundador Harry para construir a sua própria loja de departamentos.
São tantos aprendizados com a série, que vou deixar que você tenha essa experiência, mas vou destacar pelo menos 6 pontos que me chamou muito a atenção.
Harry escolheu um local na Oxford Street e contratou Daniel Burnham, um consagrado arquiteto de Chicago, para projetar algo extraordinário. Mil e quinhentos operários labutaram durante todo o inverno para construir a imensa estrutura de aço: uma fachada neoclássica era exibida diante de uma obra magistral e moderna que possuía sete milhas de tubo de cobre pressurizado apenas em seu sistema de alarme contra incêndios.
1 - Entusiasmo
Se Harry era assim na vida real, não sei, mas na série ele é muito entusiasmado. Ele tem boa vontade, perceverança, fé ele é movido para a ação. Corre atrás do que quer e está sempre antenado. Mesmo no caos, ele mantém a força. E das vezes que caiu, não ficou muito tempo no chão rs, logo estava de pé novamente e criando.
2 - Futurista
O cara era visionário. Tanto no investimento da estrutura da loja, quanto nos produtos que vendia. Ele queria estar a frente do seu tempo. Tem uma cena que ele está criando um novo departamento na loja: Tecnoclogias, e ele está contando para a sua liderança os tipos de produtos que venderiam, como Tv's que não foram produzidas, mas eles pegariam pedidos. E um funcionário disse: mas e a mesa de chá (que ficava próximo de onde seria este novo departamento), as pessoas gostam de chá. E ele responde:- Se não olharmos para o futuro, alguém vai. Então, este é um aprendizado. Olhe para o futuro e comece a agir já.
3 - Investimento nos colaboradores
Pensa em um empreendedor que investia nos colaboradores. Tanto em suporte como em desenvolvimento de habilidades. Medo de perder a mão de obra treinada? Issoé para os fracos, você investe porque é visionário. Quer o melhor para todos.
A única coisa que o pessoal da loja não recebia era uma contribuição para a aposentadoria. No entanto, os funcionários desfrutavam de múltiplos benefícios: assistência médica e odontológica, ausência de sanções (era a única loja que não multava por não cumprir a meta de vendas), almoços em refeitórios, cabeleireiros, férias de esqui à custa da empresa. E festas, é claro.
4 - Foco no cliente - pode olhar sim!
Sim, o foco dele no cliente, é sem comentários. Cada cliente é importantíssimo, por isso investia muito, mas muito em publicidade. Seja visto para ser escolhido.
Isso foi o que Harry Selfridge idealizou e realizou: criou uma loja onde as pessoas quisessem ficar mais tempo
Os shoppings, como os conhecemos agora, começaram com as grandes lojas da Selfridges. Nelas havia um toalete para senhoras, uma área para crianças, um café, elevadores, uma biblioteca com jornais recentes, uma ’sala de silêncio’, uma agência dos correios, comunicação por telefone e atendimento ao cliente. Naquela época, encontrar um banheiro feminino e não se sentir oprimida era difícil, por isso as senhoras tinham que, por exemplo, tomar uma xícara de chá ou café em um hotel nas proximidades apenas para usar o banheiro.
Promoções? Sim, ele começou. Tudo pela metade do preço.
Harry Selfridge atraía os compradores usando aromas. Ele adorava quando lhe davam flores, então decidiu transferir essa paixão para o seu negócio: pela primeira vez na história, a aromatização de ambientes começou a ser usada no comércio, com a pulverização de perfumes e colocação de flores frescas nos salões. Naqueles tempos de higiene precária, esse movimento foi muito acertado.
Certa vez, Harry Selfridge teve um breve diálogo com uma pessoa que trabalhava em uma loja:
—"Planeja comprar alguma coisa, senhor?“, perguntou o atendente.
— “No momento não, estou apenas olhando”.
— “Então saia daqui, amigo!”
Essa conversa permaneceu gravada para sempre em sua memória. Vinte anos depois, Selfridge abriu um shopping em Londres, no qual não havia administrador, preços exorbitantes ou grosseria, e o comprador tinha o direito exclusivo de dizer: “Estou apenas olhando”.
5 - Gestão de crises
Putz, quantas crises eles enfrentaram. Desde a Guerra a movimentos como as Sufragistas. Tem que desenvolver nervos de aço para lidar com tantos altos e baixos. Mesmo que você tenha muito, mas muito dinheiro, ninguém está livre de crises, que em muitas vezes afetam o nosso emocional.
6 - Relacionamentos afetivos
Em algum momento todos os problemas enfrentados e guardados iam estourar. E Sr. Harry foi o seu maior inimigo. No que ele foi bom como empreendedor, na minha visão foi péssimo como marido. Terapia seria muito recomendável para ele, porém, acredito que Freud estava em algum lugar de Viena começando a sua carreira.
Acredito que no resumo da ópera, não podemos julgar, até porque cada um tem a sua história. E cada história tem momentos bons e ruins, de qualquer forma, tudo o que ele fez de bom, ainda vemos neste tempo. Pois a loja ainda existe. A parte negativa existe em todos nós, que são as nossas sombras internas que não foram trabalhadas e se manifestam em diversas áreas da nossa vida. Devemos aprender e superar, porém, sempre teremos novas tempestades. É incrível a montanha russa que todos nós passamos, com ou sem dinheiro.
Harry Selfridge morreu em 8 de maio de 1947, aos 91 anos. Parece que foi importante para ele ver o fim da guerra e garantir que o trabalho de sua vida ficasse a salvo.
Pesquisas:
https://www.ead360graus.com.br/blog/2018/12/04/mr-selfridge-licoes-de-empreendedorismo/
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